quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Férias

Finalmente, hoje é dia 02 de janeiro. Não que eu não goste de Natal, festa, Ano Novo, mas às vezes, tenho uma preguiça disto tudo. Esta obrigação de comprar presentes, fazer comida diferente, cumprimentar todo mundo. É gostoso, e tudo, mas sei lá, às vezes queria pular o mes de dezembro, apesar de ser também meu aniversário. Há muitos anos quase não compro presentes pra ninguém, e passo essas datas aqui em casa mesmo, ou somente na casa da minha prima Elza. Lembro-me, que desde pequena íamos lá no Jaçanã, onde minha tia Laura morava com a família, naquela casa enorme, que até parecia um rodoviária: entrava gente, saia gente. Era muito divertido. Todos iam lá: meus tios, meus primos, os vizinhos da minha tia, os amigos da minha prima, etc. Era muito bom. ìamos de ônibus, carregando travessas com comida. Ficávamos um tempão esperando o ônibus, afinal, véspera de Natal, havia menos ônibus. Na volta, era ainda pior.Voltávamos no dia seguinte, cansados.Mas, quem se queixava? Minha mãe queria muito ter um carro, mas era bem difícil comprar um. Ainda por cima, meu pai detestava dirigir. Certa vez, resolveram comprar um fusquinha branco, e a primeira vez que meu pai dirigiu, bateu numa perua Kombi estacionada na rua de casa. Eu tinha uns 09 ou 10 anos, não me lembro direito. Eu sei que veio um homem bravo falar com meu pai, e eu fiquei com muita raiva do homem. Que negócio é este de falar deste jeito com meu pai? "seu imbecil", pensei.
Bem, voltando ao mes de janeiro. Tem muitas pessoas que estão de férias. Desde que eu comecei a trabalhar na Nossa Caixa e depois no Banco do Brasil, nunca consegui uma em janeiro. Todo mundo quer. Eu agora estou tirando em julho. Mas, no meu tempo de estudante, as férias sempre eram, dezembro, janeiroe julho. Quando eu era criança, eu nunca viajava, mas aos 14 anos eu fui pela primeira vez num lugar maravilhoso que depois disso, fui mais umas 30 vezes! e quero ir de novo: Sesc Bertioga.
Havia uma empresa de ônibus chamada Breda (acho até que ainda existe) que levava a gente para o Sesc. Quem não tinha carro, ia com este ônibus. E foi o nosso caso. Era o ano de 1975. Ainda não havia aquela estrada do Guarujá que vai para Bertioga, portanto, tínhamos que tomar a balsa em Santos, para atravessar para Guarujá, e depois outra para Bertioga. Levamos umas 04 horas para chegar lá. Parecia um hotel fazenda. Havia grandes pavilhões com apartamentos e também casinhas para os hóspedes, restaurante, lanchonete, salão de jogos, sala de TV,e muita área verde. E o melhor: um monte de gente da minha idade.Aquela primeira vez no SESC foi realmente inesquecível. Conheci várias pessoas, todos que estavam no meu pavilhão ficaram amigos. Meu pai, foi chamado de "O rei das caipirinhas". Enfim, foi maravilhoso. Fez sol quase todos os dias, e eu fique muuuuito bronzeada. Só teve um episódio triste. Um dia todos se juntaram e resolvemos ir a uma praia chamada Iporanga, onde havia cachoeira. Estávamos lá, nos divertindo muito, quando meu pai, andando sobre uma rocha, escorregou e caiu no poço da cachoeira e ele não sabia nadar. Eu vi a cena, e enlouqueci. Gritava feito uma doida, e aí, um rapaz entrou lá e salvou meu pai. AFFF! eu fiquei tão nervosa, e não tinha nem coragem de falar para minha mãe, que não viu nada. Depois, nós contamos a ela. Na volta pegamos uma baita tempestade. Além de todas as diversões que tinha na colônia de férias, ainda havia todas as noites, bailes para todas as idades. Principalmente para a terceira idade. Até hoje deve tocar ainda lá "Ray Coniff" e "Gran Millan" (acho que é assim que escreve). Depois desta vez, ainda fui aos 17, aos 18, aos 21, aos 22. Depois fui já casada, aos 25. Levei a Veri, com 01 ano, com 02 anos, com 05 anos.Bem, perdi a conta. A última vez, foi em 2007, mas como já disse quero voltar lá. Sensacional. Conheçam, se puderem.

Um comentário:

aposentadoria

 Aposentei pelo INSS em 2009 e continuei trabalhando até 2016. Desde então, fiz várias coisas, curso de sapateado que faço até hoje, dança c...