quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Acabou a greve, finalmente!

Amanhã, voltarei a trabalhar. Não aguentava mais ficar aqui, mas em parte foi legal. Tive tempo para pensar na vida. Acabei de ler o blog de uma amiga minha de infância, e adorei . Ela disse coisas sobre a sua infância, e lembrei muito da minha. Lembrei do meu pai, da minha mãe, do nosso bairro do Pari, da escola, enfim me deu muita saudade. Até hoje, quando vou ao Pari, eu tenho uma lembrança em cada esquina que eu vejo. Parece que lá tem o cheiro da minha infância. Apesar de eu ter morado lá apenas até os 18 anos, é o único bairro que eu morei que eu sei o nome de todas as ruas. Passo em frente ao Colégio Santo Antônio e me lembro do meu primeiro dia de aula, em 1967. Tinha 06 anos e já ia para o primeiro ano. Naquele tempo, nem todas as crianças faziam o pré-primário e eu não fiz. Meu horário de entrada seria às 13:30, mas às 09 horas da manhã, eu já estava com meu uniforme, toda feliz querendo conhecer a minha primeira professora e meus coleguinhas. O uniforme era saia azul marinho pregueada, camisa branca, gravata azul marinho, meias três quartos, sapatos pretos. Era muito chique!!! mas, não era confortável como os moletons de hoje. Até tiara azul marinho tínhamos que usar! Nada de mochilas coloridas, eram malas pretas mesmo. Chegamos na escola, e muitas crianças choravam porque iriam se separar das mães .Eu, apesar de ser filha única, estava feliz, muito feliz! No primeiro dia, aprendemos apenas musiquinhas. Minha professora era Dona Olga (nada de tia), e ela me adorava. Eu usava 02 tranças,e ela vivia me pegando no colo. Cheguei a ganhar medalhas de comportamento, de nota e de letra bonita. Só alegria. Não sei porquê, mas as outras crianças, gostavam de mim e me achavam "fofinha", e ficavam apertando minhas bochechas, e um dia aconteceu uma coisa estranha. O Colégio era de padres e um dos freis veio me dizer se eu não tinha vergonha na cara, porque as crianças ficavam mexendo comigo. Aquilo me marcou, fiquei muito triste, afinal o que tinha isso demais? Outra vez, a minha professora perguntou porque eu não havia levado blusa de frio e eu muito inocentemente respondi : "porque sim". Levei a maior bronca, ela disse : "Não é assim que se fala", e blá blá blá. Fiquei tão magoada com isso que chorei muito. Coisas de criança. Ah! uma vez eu fiquei de castigo só porque derrubei meu material no chão. É outros tempos, não é mesmo?

Um comentário:

  1. Puxa, que legal ler tudo isso, Celinha. Também me vejo lá, no Pari daquela época. E eu nunca tinha pensado nisso, o Pari também é o bairro em que conheço praticamente o nome das ruas. Cada pedacinho de lá está repleto de lembranças e recordações. Muito bom mesmo. Bjs.

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