sexta-feira, 3 de abril de 2020

Ainda na quarentena

Já estamos no dia 03/04 e a quarentena não tem data para acabar. Estão dizendo que o pior ainda não chegou. Na Europa e nos EUA já morreram muitas pessoas. Aqui acho que umas 300 já. Continuamos sem sair. O Ni sai todos os dias para comprar alimentos, mas ele sempre aproveita para ir ao bar tomar cerveja. Ele age como se estivesse de férias. Eu falo, falo e nada adianta. Léo tentou esconder as chaves de casa dele e disse que faria as compras. Fez isso só dois dias. Ele não consegue ficar sem sair de casa. Tenho medo que pegue o vírus e nos contamine a todos. Se todos ficarem doentes quem vai cuidar da gente? A Veri está na casa do Du desde o começo. Veio aqui uma vez nos visitar. Aqui no Brasil, além do vírus temos que suportar um presidente incompetente e egoísta. O pior de tudo é que ele tem um eleitorado fiel. Parece que fizeram lavagem cerebral neste povo. O mundo inteiro, inclusive o Ministro da saúde daqui dizendo que o melhor meio de controlar a pandemia é fazendo a quarentena, e o cidadão é contra. Ele está preocupado com a economia, as vidas que se danem. Nestas horas, o governo tem que garantir a sobrevivência das pessoas, depois que passar a pandemia, preocupa-se com a economia. Ele precisava sair urgente do cargo, ele faz mal ao país. Vou começar a fazer um curso a distância de agente de viagens. Passei num teste para cantar num coral chamado Revoada, que canta nos hospitais. Os ensaios só depois da pandemia. O sapateado também só depois, mas a Professora manda uns vídeos para a gente dançar. Todos os dias tento tomar sol e fazer exercícios. Estou lendo "1984" novamente, e assistindo novelas antigas, pois pararam de gravar as atuais devido a pandemia. Léo estuda música, Ni lê e toma cerveja. Veri trabalha a distância e faz exercícios na casa do Du.  Esqueci de contar que fiz um curso de Biskuit ano passado, mas achei muito difícil. Não tenho jeito para artesanato. Tentei crochê, mas não deu também.
Às vezes, penso em como o tempo passa tão rápido. Assistindo Brega e Chique, de 1987, vejo que parece que foi ontem, que eu tinha 26 anos e uma bebê de poucos meses. Alguns atores já morreram, outros estão bem velhos, outros nem tanto. É um sentimento estranho, como se eu já tivesse vivido demais, sei lá.

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