Natal 2021

 Já se vão quase dois anos que estamos na pandemia de Covid 19. Parecem dois anos perdidos. Quase sem encontros, quase sem sair de casa. Continuamos com aquele governo horroroso, pois apesar de todos os erros e crimes , ele continua lá.... mais de 100 pedidos de impechment e nada!!!! Ele compra todo mundo. O meu desejo é que em 2022 ele perca a eleição. Mal posso esperar.... Que a pandemia acabe, que voltemos a vida normal, que ele perca as eleições..... ano que vem tem Copa do Mundo, eleições, 200 anos da Independência e 100 anos da Semana de Arte Moderna. Meu pai faria 100 anos, vai fazer 20 anos da morte da minha mãe. A Veri vai se mudar para Portugal. Pretendo continuar dançando, quero ter saúde, paz, tranquilidade. Rever meus amigos, poder passear, viajar, ir numa festa, quem sabe? O Léo talvez vá para o interior ou para o Nordeste, ainda não sabemos... Estou revendo algumas novelas antigas, e cada vez mais tenho medo deste tempo que passa correndo....anos 80 foram outro dia mesmo...eu tinha 20 anos...agora tenho 61.... é muito assustador.

Aniversário da casa de Cultura

 

Dia das mães 2021

 Veri fez um videozinho pra mim. Fiquei tão feliz!

O começo da adolescência

 Aos 13 anos, eu fiz uma inscrição para Bi aprender mais sobre flauta na Universidade Livre de Música, que é uma excelente escola de música. Fomos nós duas (ainda duas) para fazer o teste lá perto da Luz. Entretanto, quando chegamos, vi que eu tinha feito a inscrição na prova errada. Era para quem já sabia muito e ela só sabia o básico. Então ,ela ficou muito furiosa comigo e foi mal criada e eu fiquei sem jeito e envergonhada. Então, voltamos para casa. Nesta época ela foi estudar num colégio particular para terminar o primeiro grau. Neste colégio, ela fez amizade apenas com alguns meninos, nenhuma menina. Então, terminou, teve até uma festinha de formatura, ela se arrumou, ficou linda com um vestido azul e tirou a sobrancelha e fez escova. Uma princesa.  Depois disso, foi para o segundo grau. Matriculei Bi numa escola pública próxima do meu trabalho, assim voltaríamos para casa juntas. Mas, algo ia mudar o rumo das coisas. Nesta época, eu estava ajudando a Veri a conseguir um emprego e ficava procurando concursos para ela fazer. Então eu vi um que ia ter na Sabesp para jovem aprendiz e não servia mais para a Veri pois ela já estava na faculdade e era para quem estava no colégio. Avisei algumas pessoas e perguntei para Bi se ela queria, e ela gostou da idéia. Depois pensei que ela não deveria ter ido, pois só tinha 14 anos, mas Bi fez a prova e passou. Foi bem na época que o PCC estava assustando a população de São Paulo e no meio daquele inferno, meu marido levou Bi para se apresentar no RH da Sabesp, e ela teve que estudar à noite e trabalhar o dia todo. Outro erro. Uma pessoa de 14 anos estudando à noite. Entretanto, ela adorou estudar à noite, pois se sentia muito inteligente, todo mundo pedia ajuda nas lições para ela. Passados quatro meses de trabalho, ela não quis mais. Sem me dizer nada, pediu as contas. Ela ganhava um salário mínimo, tickets e tinha convênio médico.  Só que não queria voltar a estudar à tarde. Eu disse, pra que estudar à noite se vc não está trabalhando? Aí, com muito custo voltou a estudar à tarde. Só que ela já estava dando sinal de rebeldia. Um dia eu estava indo almoçar e a vi na porta da escola. Já tinham dado o sinal e ela não entrou. Eu fui lá e disse, entra, por que está aqui fora? O portão estava fechado e eu fui lá e pedi para abrir, que ela se atrasou porque morava longe, e o ônibus não passou, etc; Ai, ela entrou. Contra a vontade, mas entrou.. 

Infância

 Aos 6 anos, Bi foi para outra escola. Foi para o Colégio Santa Luzia, onde a Veri já estudava e o pai dava aulas. Foi para a primeira série. Fez outras amizades, tirou boas notas e começou a conhecer o mundo da música, aprendeu a tocar flauta e gostava muito.  Foi uma época tranquila, com brincadeiras, leituras e alguns passeios. Festinhas de aniversário, algumas viagens. Tudo era diversão. Lembro do aniversário dela de 6 anos que foi no Mac Donalds. Teve uma pecinha de teatro e ao final, Bi gritou: "Eu não gostei!". Foi sincera....seria isso um sintoma? Não creio. Bi ficou nesta escola até os 8 anos e por alguma circunstância precisou mudar para uma escola pública. Meu marido foi despedido do colégio e não poderia pagar a mensalidade. Hoje, eu acho que deveríamos ter feito um sacrifício e pago. Foi errado ter tirado, A Veri ficou porque já estava da sétima série e iria terminar no outro ano. Bi foi para a prefeitura, mas a escola era boa também. Lá fez outras amizades e ficou até a quarta série. Como meu marido foi trabalhar na fundação Bradesco, levou as duas com ele para lá. Veri já estava no segundo colegial e Bi na quinta série. Estava então com 10 anos .Na Fundação, conheceu outras meninas, e até a sexta série tudo corria bem. Entretanto ao chegar à sétima série, ela começou a voltar triste para casa, sempre pedindo para mudar de escola, que não queria mais ficar lá. Mas, nunca me dizia a razão. Será porque a escola é rígida? (Uma vez não a deixaram entrar por causa da cor da meia). Será que estava sofrendo bulling? Levei Bi pela primeira vez numa psicóloga que me aconselhou a mudar de escola. Não sei se fizemos certo, mas ela estava sofrendo.... Entao voltou para prefeitura onde terminou a sétima série.   Esqueci de contar que quando ela foi pela primeira vez para a escola pública, ela tinha aula de flauta também.  E gostava muito. Lembro também que no Natal de 1999, estávamos na casa da minha prima e madrinha de Bi, a Elza, e quando cheguei na sala vi Bi cantando no Videokê. Ela cantava "Dois Rios" do Skank, e foi aí que eu descobri que ela cantava bem. Enfim, chega a adolescência. 

Primeira infância 2

 Bi era muito alegre e esperta. Fazia alguns amigos na escola. Brincava com os primos. A brincadeira preferida era brincar de cabaninha, festa do pijama, e aos 5 anos e meio ela já sabia ler e se deliciava com as histórias em quadrinhos que tinha em casa. Sentava ao lado do baú cheio de revistinhas e lia, lia, dava altas gargalhadas.  Quando íamos no clube, ela fazia aula de natação e ballet. Sempre com muita alegria. A professora de ballet dizia que ela se divertia muito na aula. Ela adorava o professor de natação, mas quando ele faltava, ela não queria fazer aula.  Depois das aulas, almoçávamos e íamos assistir as peças infantis que apresentavam no clube. Ela adorava, participava, e quando os atores chamavam, ela subia no palco com as outras crianças. Ao final das peças, queria cumprimentar todos os atores. Todo sábado íamos ao clube. Bi fazia a natação e o ballet. Veri fazia inglês e sapateado. Foi uma época maravilhosa na minha vida.  Tínhamos problemas, é claro, mas nada me fazia tão feliz como quando estava com a família passando um dia divertido e agradável.  Aos 4 anos Bi mudou para uma escola mais próxima e fez algumas amizades. Uma em especial, era a Marcela. Às vezes, ela ia brincar em casa. Quando tinha festinhas de aniversário, Bi sempre queria ir. Às vezes chegava até antes da aniversariante, tamanha ansiedade para se divertir.    

Primeira Infância 1

 Quando minha filha Veri completou dois anos, eu pensei: quero dar uma irmã ou um irmão para ela. 

Eu sou filha única, não quero que ela seja também. Comecei a tentar engravidar e demorou dois anos para conseguir. Um dia senti um gostinho amargo na boca, uma leve queimação no estômago e pensei: Será? Fui no médico, e ele mandou fazer um exame de sangue. Lembro que quando eu vi o resultado, fiquei muito feliz. Eu estava grávida novamente. Contei para todo mundo com muita alegria! realmente foi muita felicidade. Passei uma gravidez tranquila, quer dizer, parte dela, pois nesta época eu estava em dois empregos, dando aula de manhã e no banco à tarde, No banco, tudo bem, mas na escola, eu passava muito nervoso. Então um mês antes de Bi nascer, eu entrei de licença. Passei o último mês em casa. Eu esperava um parto normal, como da primeira vez, mas não foi o que ocorreu. Fiz uma cesárea no dia 26/11/91. Veri quando nasceu não sabia mamar e Bi chegou mamando com muita força. Tanta força que machucou meus mamilos.  Voltamos para casa. Veri sentiu um pouquinho de ciúmes, mas logo passou. Dizia ela, aos 5 anos: Você só faz meigo pra ela!¨; O tempo foi passando. Bi era um bebê saudável, mas às vezes tinha o intestino preso. Era terrível. Precisou fazer uma lavagem aos 3 anos. Fiquei muito preocupada. Levei num especialista, já que comer fibra e frutas não estava adiantando. O médico mandou fazer uma colonoscopia. Eu achava que iam judiar do meu bebê e quando fui marcar o exame, eu chorava copiosamente. Marquei, e fui para casa. Quando cheguei, Bi gritou : "Mamãe, fiz cocô!". E no dia seguinte, e  no outro e então ele foi melhorando. Nem fez o exame . Foi crescendo e teve nódulos nas cordas vocais, fez fonoterapia e sarou. Costumava conversar com todo mundo que via. Uma simpatia só. Andou com 10 meses, falou com pouco mais de um ano. Muito esperta e inteligente. Entrou na escola com 3 anos.

Lembranças de Bi

 Bi fez um teste que a psicóloga sugeriu para saber se ele está no espectro autista (Asperger). Pensei, com pode isso agora com 29 anos? Nunca nenhum psicólogo ou professor, ninguém sugeriu isso! Ele fez o teste, mostrou para um psiquiatra e o mesmo confirmou. Eu não consigo acreditar. Eu não percebi? uma criança normal, simpática, inteligente, brincalhona, falava com todo mundo...um adolescente rebelde que sumia e me dava muita preocupação. Que acampou no Anhangabaú e viajou de carona várias vezes. Ele é Asperger??? 

Ainda na pandemia

Infelizmente, a pandemia não acabou. Pelo contrário, piorou. Mais doentes, mais mortes. Devido as festas de final de ano, aumentou muito o contágio. A vacina chegou, mas vai demorar para vacinar todo mundo. Que tempos difíceis. A Veri mudou para o Tucuruvi com o namorado desde novembro. Fiquei feliz por ela, pois era seu sonho ter sua casinha. Eles estão montando aos poucos, Ela ficou bem feliz. Sinto saudades dela, mas o importante é ela estar feliz. Em 2020 ela também se tornou vegana. Espero que isso sirva para melhorar sua saúde. Torço muito por isso. Bi acabou o curso Técnico em Regência e fez um outro de Educador Social. Quero muito que eles fiquem bem, com saúde e se sustentando. Entretanto, o país está um caos.